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As múltiplas formas de amar

Por Celito Meier em 22/10/2020


As múltiplas formas de amar


Somos filhos de uma cultura iluminista e racionalista que universalizou uma forma de ser, de pensar, de conhecer, de amar: a forma ocidental binária. Nessa perspectiva binária aprendemos que algo ou é certo ou é errado, ou macho ou fêmea, ou masculino ou feminino, ou forte ou fraco, ou puro ou impuro, ou direito ou esquerdo, ou alto ou baixo. 

Mas, a natureza não conhece essas formas. Elas existem apenas em nossas categorias mentais, culturalmente aprendidas. Deve-se ao nosso limitado e condicionado processo educativo ler e reduzir a complexidade do real a formas binárias.

O grande desafio, para seres espirituais em processo de evolução, consiste em reaprender a ver a vida sob novas perspectivas, deixar a vida emergir em suas múltiplas, singulares e plurais formas. A reação do movimento romântico do século XIX já percebia o reducionismo da perspectiva racionalista e iluminista moderna. Graças ao movimento romântico, novas sensibilidades começaram ser expressar com toda a legitimidade, na filosofia, na arte, na poesia, na música, no amor. 

Celebrar o amor requer espírito de abertura e de comprometimento para acolher e respeitar, defender e promover as mais diversas formas de amar e de querer bem.  Por isso, a verdade e a perfeição do amor consistem em sua autenticidade, que necessita de tempo e de espaço para poder acontecer e se realizar plenamente.


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